A Terra é um planeta do sistema solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do Sol e o quinto em diâmetro.

Diâmetro total do planeta: 510 milhões de quilômetros quadrados.

 

É o maior dos quatro planetas telúricos. Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida da forma a qual conhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é um sistema vivo chamado Gaia.


O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação causa uma deformação para a forma elipsóidal (achatada aos pólos). A forma real da Terra é chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada, matematicamente complexa.

Distância em relação ao sol: aproximadamente 150 milhões de quilômetros. 

Terras emersas: 149 milhões de quilômetros quadrados. 

Área dos oceanos e mares: 360 milhões de quilômetros quadrados. 

Profundidade média dos oceanos: 3.795 metros. 

Velocidade média da órbita: 29,79 quilômetros por segundo. 

Idade da Terra: cerca de 4,5 a 5,0 bilhões de anos. 

Ponto mais alto da Terra: Everest, localizado no Nepal (China). 

Estações do ano no hemisfério sul
Verão (21 de dezembro a 21 de março); 
Outono (21 de março a 21 de junho); 
Inverno (21 de junho a 23 de setembro); 
Primavera (23 de setembro a 21 de dezembro). 

Média de nascimentos no mundo
Por segundo: 3 nascimentos. 
Por minuto: 178 nascimentos. 
Por hora: 10.665 nascimentos. 
Por dia: 255.953 nascimentos.

 

 

O planeta terra foi privilegiada pela vida pois não é tão frio como Marte ou tão quente como Vênus.

 

Características Físicas

Estrutura da Terra
O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas telúricos, é dividido por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, eletricamente condutor.

O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.

Camadas terrestres, a partir da superfície:

Litosfera (de 0 a 60,2km) 
Crosta (de 0 a 30/35 km) 
Manto (de 60 a 2900 km) 
Astenosfera (de 100 a 700 km) 
Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km) 
Núcleo interno (sólido - além de 5100 km) 
Tomada por inteiro, a Terra possui aproximadamente seguinte composição em massa:

34,6% de Ferro 
29,5% de Oxigênio 
15,2% de Silício 
12,7% de Magnésio 
2,4% de Níquel 
1,9% de Enxofre 
0,05% de Titânio 
O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270 K. O calor interno do planeta foi gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente gerado pelo decaimento de elementos radioativos como urânio, tório, e potássio. O fluxo de calor do interior para a superfície é pequeno se comparado à energia recebida pelo Sol (a razão é de 1/20k).

Núcleo da Terra
A massa específica média da Terra é de 5,515 toneladas por metro cúbico, fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa específica do material superficial da Terra é apenas cerca de 3000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cúbico). Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da gravidade os objetos muito densos foram sendo empurrados para o interior do planeta (o processo é conhecido como diferenciação planetária), enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por ferro (80%), e de alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta.

O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo sólido é composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel. Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos. Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir certas ondas sísmicas. A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético (veja temperatura Curie), mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo líquido.

Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano.

Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto há a descontinuidade de Mohorovicic.


Manto da terra
O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de 2900 km. A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas. É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também apresenta características físicas diferentes da crosta. O material de que é composto o manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos. Além disso, a constituição dos materiais de cada camada do manto tem seu papel na determinação do estado físico local. (O núcleo interno da Terra é sólido porque, apesar das imensas temperaturas, está sujeito a pressões tão elevadas que os átomos ficam compactados; as forças de repulsão entre os átomos são vencidas pela pressão externa, e a substância acaba se tornando sólida.)

A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia entre 1021 a 1024 pascal segundo, dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode deslocar-se vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus Celsius (na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Celsius (na parte que faz interface com o núcleo).


Crosta da terra
A crosta (que forma a maior parte da litosfera) tem uma extensão variável de acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por isso também chamada de Sial.

Existem doze tipos de crosta, sendo os dois principais a oceânica e a continental, sendo bastante diferentes em diversos aspectos. A crosta oceânica, devido ao processo de expansão do assoalho oceânico e da subducção de placas, é relativamente muito nova, sendo a crosta oceânica mais antiga datada de 160 Ma, no oeste do pacífico. É de composição basáltica e é cobertas por sedimentos pelágicos e possuem em média 7km de espessura.

A crosta continental é composta de rochas félsicas a ultramáficas, tendo composição média granodiorítica e espessura média entre 30 e 40km nas regiões tectonicamente estáveis (crátons), e entre 60 a 80km nas cadeias montanhosas como os Himalaia e os Andes. As rochas mais antigas possuem até 3,96 Ma e existem rochas novas ainda em formação.

A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro é a descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da diferença de composição entre camadas rochosas (a superior contendo feldspato triclínico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento é uma descontinuidade química que foi observada a partir da obdução de partes da crosta oceânica.


Formação do planeta Terra
O planeta teria se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação, aquecendo-se depois, por meio de violentas reações químicas. O aumento da massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva. Os processos de formação do planeta Terra são a acreção, diferenciação e desintegração radiativa.

O envoltório atmosférico primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente na qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos e pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os mais leves localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a distinção entre o núcleo, manto e crosta (litosfera). O conhecimento dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Tais ondas, medidas por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna heterogênea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas.

A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica denominado escudos cristalinos ou maciços antigos. Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrente da volatização da matéria sólida devido a altas temperaturas e também, posteriormente, devido ao resfriamento, originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela formação dos solos e conseqüente início da erosão e da sedimentação.

As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água, dirigiram-se, ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas com esses sedimentos, constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias sedimentares são depressões da crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em fase de preenchimento, por material de natureza sedimentar), e, com a sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No decorrer desse processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme desgaste pela ação dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. Hoje, apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão, constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, etc, e, em outros países, os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os Montes Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre), sendo por isso, bastante explorados economicamente.

Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão mineral e o petróleo são comumente encontrados nas bacias sedimentares. Já os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se formaram no contato entre as placas tectônicas em virtude do seu deslocamento a partir do período Terciário da era Cenozóica, como os Alpes (sistema de cordilheiras na Europa que ocupa parte da Áustria, Eslovênia, Itália, Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a oeste da América do Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Rochosas.


Biosfera
Ver artigo principal: Biosfera
A Terra é o único local onde se sabe existir vida. O conjunto de sistemas vivos (compostos pelos seres e pelo ambiente) do planeta é por vezes chamado de biosfera. A biosfera provavelmente apareceu há 3,5 bilhões de anos. Divide-se em biomas, habitados por fauna e flora peculiares. Nas áreas continentais os biomas são separados primariamente pela latitude (e indiretamente, pelo clima). Os biomas localizados nas áreas do pólo norte e do pólo sul são pobres em plantas e animais, enquanto que na linha do Equador encontram-se os biomas mais ricos. O estado da biosfera é fundamentalmente o estudo do seres vivos e sua distribuição pela superfície terrestre. A biosfera contém inúmeros ecossistemas (conjunto formado pelos animais e vegetais em harmonia com os outros elementos naturais).


Atmosfera
Ver artigo principal: Atmosfera
A Terra tem uma atmosfera relativamente fina, composta por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio, mais traços de outros gases incluindo dióxido de carbono e água. A atmosfera age como uma zona intermediária entre o espaço e a Terra. Suas camadas, troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, têm dimensões variáveis ao redor do planeta e de acordo com a estação do ano.


Geografia
A área total da Terra é de aproximadamente 510 milhões de km², dos quais 149 milhões são de terras firmes e 361 milhões são de água. 
As linhas costeiras (litorais) da Terra somam cerca de 356 milhões de km. 

Hidrosfera
Ver artigo principal: Hidrosfera
A Terra é o único planeta do Sistema Solar que contém uma superfície com água. A água cobre 71% da Terra (sendo que disso 97% é água do mar e 3% é água doce mas grande parte destes 3% encontram-se nos calotes polares e nos lençóis freáticos). A água proporciona, através de 5 oceanos, a divisão dos 7 continentes. Fatores que combinaram-se para fazer da Terra um planeta líquido são: órbita solar, vulcanismo, gravidade, efeito estufa, campo magnético e a presença de uma atmosfera rica em oxigênio.


A Terra no Sistema Solar

Movimento de rotação da TerraO movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo dura 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos, o que equivale a um dia sideral. Nesse período a Terra completa uma volta em torno de um eixo que une o Pólo Sul ao Pólo Norte. Já o movimento de translação da Terra, efetuado ao redor do Sol, leva 365 dias e 6 horas solares médios - o que equivale a um ano sideral. A Terra tem um satélite natural, a Lua, que completa uma volta em torno do planeta a cada 27,3 dias.

O plano de órbita da Terra e seu plano axial não são necessariamente alinhados: o eixo do planeta é inclinado por cerca de 23 graus e 30 minutos em relação ao um plano perpendicular à linha Terra-Sol. Essa inclinação é responsável pelas estações do ano. Já o plano Terra-Lua é inclinado por cerca de 5 graus em relação ao plano Terra-Sol - se não fosse, haveria um eclipse a cada mês.

A esfera de influência gravitacional (esfera da Hill) da Terra tem raio de aproximadamente 1,5 Gm, dentro do qual a Lua órbita confortavelmente.

Note que, como uma rotação da Terra em torno de seu eixo dura menos que um dia médio solar (23h 56m 4,09 s= 0,99727*24h), o movimento de translação da Terra, efetuado ao redor do Sol, corresponde a 366,2564 rotações (365,2564/0,99727). Ou seja, embora um ano tenha aproximadamente 365 dias, a Terra efetua 366 rotações num ano, por causa dos graus extra que tem que fazer cada dia, entre dois «meio-dia solares».

 

 
O movimento da Terra em relação ao Sol

 

 

 

\Órbita da Terra (animação). Note que a excentricidade da órbita, que é quase circular, está muito exagerada, por razões de ordem estética e para frisar essa mesma excentricidade.Como a Terra está em movimento em volta do Sol, não basta uma rotação completa para o Sol voltar a ficar no zénite. Como a Terra mudou de posição e «avançou» uns 2500 milhares de quilômetros o planeta ainda tem que rodar alguns graus extra para que o Sol apareça de novo na mesma posição.

Como a velocidade da Terra é maior quando ela está mais próxima do Sol (periélio) e menor quando ela está mais distante (afélio), o número de graus extra necessários é maior no Inverno (Hemisfério Norte) do que no Verão (Hemisfério Norte). Ou seja, os dias solares são mais compridos no Inverno (do Hemisfério Norte, Verão, no Hemisfério Sul). No Inverno, o dia solar é superior a 24 horas (o dia médio solar) e, no verão, inferior a 24 horas.

 

Características orbitais da Terra
Raio orbital médio: 149.597.870,691 km 
Periélio: 0,983 UA 
Afélio: 1,017 UA 
Excentricidade: 0,01671022 
Período orbital: 365 dias, 6 horas e 9 minutos 
9,548 segundos (sideral)

Velocidade orbital média: 29,7847 km/s 
Inclinação: 0,00005° 
Satélites naturais: 1 (a Lua) 
Características físicas 
Diâmetro equatorial: 12.756,27249 km 
Área da superfície: 5,10072×108 km² 
Massa: 5,9742×1024 kg 
Densidade média: 5,515 g/cm³ 
Aceleração gravítica á superfície: 9,8062 m/s2 (lat. 45°, alt. 0) 
Velocidade de escape: 11,18 km/s 
Período de rotação: 23h 56m e 4,09966s (sideral) 
Inclinação axial: 23,45° 
Albedo: 37-39% 
Temperatura á superfície: min méd máx 
184 K 282 K 333 K 

Atmosfera 
Pressão atmosférica: 101,325 kPa 
Composição: 78.08% de Nitrogênio
20.95% de Oxigênio
0.93% de Argônio
0.038% de Dióxido de carbono
Traços de vapor de Água


 

 

Quantas espécies existem no planeta?

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Em 2009, cientistas descobriram 200 novas espécies em Papua Nova Guiné. Considerada pelos cientistas a espécie mais bonita localizada, o gafanhoto de .... Foto: Divulgação

Em 2009, cientistas descobriram 200 novas espécies em Papua Nova Guiné. Considerada pelos cientistas a espécie mais bonita localizada, o gafanhoto de olhos rosa vive nas árvores mais altas da floresta
Foto: Divulgação

Nos morros da Cordilheira dos Andes, vive um morcego do tamanho de uma framboesa. Em Cingapura, há um verme nematoide que habita apenas os pulmões de um inconstante lagarto. O morcego e o verme têm algo em comum: ambos são novos para a ciência. Cada um recebeu recentemente seu nome científico oficial: Myotis diminutus para o morcego eRhabdias singaporensis para o verme.

Essas certamente não são as últimas espécies que os cientistas descobrirão. Todo ano, pesquisadores relatam mais de 15 mil novas espécies e sua carga de trabalho não mostra sinais de que vá parar. "Pergunte a qualquer taxonomista em um museu e eles dirão que há centenas de espécies esperando descrição", diz Camilo Mora, ecologista marinho na Universidade do Havaí.

Cientistas nomearam e catalogaram 1,3 milhão de espécies. Quantas espécies mais existem para serem descobertas é uma pergunta que paira como uma nuvem sobre a cabeça de taxonomistas por dois séculos. "É impressionante que não saibamos a coisa mais simples sobre a vida", disse Boris Worm, biólogo marinho na Universidade Dalhousie em Nova Escócia.

Em agosto, Worm, Mora e seus colegas apresentaram a última estimativa de quantas espécies existem, baseada em um novo método que desenvolveram. Eles estimam que haja 8,7 milhões de espécies no planeta, variando 1,3 milhão para mais ou para menos.

O novo artigo, publicado na revista PLoS Biology, está provocando fortes reações de outros especialistas. "Na minha opinião, é um artigo muito importante", disse Angela Brandt, bióloga marinha na Universidade de Hamburgo, na Alemanha. Porém, críticos dizem que o método do novo artigo não funciona e que a diversidade real da Terra é muito maior.

Em 1833, um entomólogo britânico chamado John Obadiah Westwood fez a primeira estimativa conhecida de biodiversidade global, adivinhando quantas espécies de insetos havia. Ele estimou quantas espécies de insetos vivam em cada espécie de planta na Inglaterra, e então extrapolou esse número para todo o planeta. "Se dissermos 400 mil, devemos, talvez, não estar muito longe da verdade", ele escreveu.

Atualmente cientistas sabem que o número de Westwood é muito baixo. Eles já descobriram mais de 1 milhão de espécies de insetos e seu índice de descobertas não mostra sinais de desaceleração.

Em décadas recentes, os pesquisadores procuraram caminhos melhores para determinar quantas espécies faltam para serem descobertas. Em 1988. Robert May, biólogo evolucionista da Universidade de Oxford, observou que a diversidade de animais terrestres aumenta quanto menores eles se tornam. Ele concluiu que nós provavelmente já descobrimos a maioria das espécies de animais grandes, como mamíferos e aves, e então usou sua diversidade para calcular a diversidade de animais menores. Ele acabou com uma estimativa de 10 a 50 milhões de espécies de animais terrestres.

Outras estimativas iam de 3 milhões até 100 milhões. Mora e seus colegas acreditaram que todas essas estimativas eram falhas de uma forma ou de outra. Ainda mais sério é o fato de que não havia forma de validar os métodos utilizados para ter certeza sobre sua confiabilidade.

Para a nova estimativa, os cientistas apareceram com um método próprio, baseado em como os taxonomistas classificam as espécies. Cada espécie pertence a um grupo maior, chamado gênero, que pertence a outro grupo maior, chamado família, e por aí vai. Humanos, por exemplo, pertencem à classe dos mamíferos, junto a aproximadamente 5.500 outras espécies.

Em 2002, pesquisadores na Universidade de Roma publicaram um artigo no qual usaram esses grupos maiores para estimar a diversidade das plantas na Itália. Em três diferentes lugares, eles marcaram o número de gêneros, famílias etc. Havia menos grupos de alto nível do que de baixo nível em cada lugar, assim como as camadas de uma pirâmide. Os cientistas puderam estimar quantas espécies havia em cada lugar, assim como é possível estimar o tamanho da base de uma pirâmide baseando-se no resto dela.

O artigo chamou pouca atenção na época, porém Mora e seus colegas se apropriaram dele, esperando usar o método para estimar todas as espécies da Terra. Eles mapearam a descoberta de novas classes de animais desde 1750. O número total subiu abruptamente nos primeiros 150 anos e depois começou a se estabilizar - um sinal de que estávamos perto de descobrir todas as classes de animais. Eles descobriram que o índice de descobertas de outros grupos de alto nível também veio diminuindo. Os cientistas construíram uma pirâmide taxonômica para estimar o número total de espécies em grupos bem estudados, como mamíferos e aves. Eles realmente fizeram boas previsões.

Confiantes com seu método, os cientistas então o usaram em todos os grupos maiores de espécies, chegando à estimativa de 7,7 milhões de espécies de animais, por exemplo, e 298 mil espécies de plantas. Apesar de a terra seca cobrir apenas 29% da superfície do planeta, os cientistas concluíram que é lar de 86% das espécies do mundo.

"Acredito que seja uma nova abordagem interessante e imaginativa para a importante questão do número de espécies que de fato vivem na Terra hoje", disse May. Contudo, Terry Erwin, entomólogo no Instituto Smithsoniano, diz que há uma grande falha no estudo. Não há razão para afirmar que a diversidade em grupos pouco estudados seguirá a regra daqueles bem estudados. "Eles estão medindo a atividade humana, não a biodiversidade", disse.

David Pollock, biólogo evolucionista na Universidade do Colorado que estuda fungos - um grupo particularmente pouco estudado - concorda. "Isto parece ser uma abordagem incrivelmente pouco fundada", disse. Existem 43.271 espécies catalogadas de fungos mas, baseado no que Mora e seus colegas estimam, existem 660 mil espécies de fungos na Terra. Porém, outros estudos sobre a diversidade de fungos sugerem que o número possa chegar a 5,1 milhões de espécies.

Os autores no novo estudo admitem que seu método não funciona bem com bactérias. Cientistas acabaram de começar a investigar mais aprofundadamente a biodiversidade de micróbios, o que significa que estão descobrindo grupos de alto nível de bactérias em ritmo acelerado. Mora e seus colegas escrevem que sua estimativa - cerda de 10 mil espécies - deveria ser considerada um "limite inferior".

Microbiologistas, por outro lado, estão razoavelmente certos de que a diversidade de micróbios fará a diversidade de animais parecer pequena. Uma só porção de terra pode conter 10 mil espécies diferentes de bactérias, muitas das quais são novas para a ciência.

Jonathan Eisen, especialista em biodiversidade microbial da Universidade da Califórnia, Davis, disse que achou o novo artigo decepcionante. "É como dizer que dinossauros andavam pela Terra há mais de 500 anos", disse.

 

      O QUE É LIXO ?                                                                  lixo:
      
      É tudo aquilo que o ser humano joga fora por não ter mais serventia ou valor comercial. Pense! Materiais que são descartados por determinadas pessoas podem ser reaproveitados por outras.
 
      POR QUE SE PREOCUPAR COM O LIXO?
 
      Com o tempo, o lixo depositado em lixões produz o Chorume, um líquido que infiltra o solo e POLUI as fontes de água potável. Além disso, o lixo atrai animais que transmitem doenças, como o Aedes aegypti, transmissor da DENGUE, o rato transmissor da LEPTOSPIROSE, entre outros.
      Outro problema é o lixo que as pessoas jogam nas ruas. Ele entope bueiros e as galerias, bloqueando o escoamento das águas e causando ENCHENTES. O acúmulo de lixos nas encostas gera peso e também provoca DESLIZAMENTOS, principalmente durante temporais.
      Nos oceanos e rios, por exemplo, o lixo traz DANOS ECOLÓGICOS irreparáveis. Muitas tartarugas marinhas morrem asfixiadas por sacos plásticos ao confundi-lo com a água viva, a sua principal fonte de alimentação. também, polui as mariculturas(culturas de mariscos) e ainda causam danos à navegação.
      A queima indiscriminada do lixo também pode liberar gases venenosos ou ainda provocar INCÊNDIO nas matas, o que é muito difícil de controlar. 
 
      O QUE SABER A RESPEITO DO LIXO QUE PRODUZIMOS.
 
      Cada brasileiro produz de meio a um quilo de lixo por dia.
Nós produzimos dois tipos de lixo: o LIXO ÚMIDO(ou Orgânico) e o LIXO SECO(ou Inorgânico).
 
      LIXO ÚMIDO:  composto de sobras de alimento, o lixo de banheiro, as podas das árvores, as capinas, os restos orgânicos em geral.
 
      LIXO SECO: papéis, plásticos, vidros e metais.
 
      POR QUE  É IMPORTANTE RECICLAR?
 

      Porque reduz a poluição do solo, da água e do ar.
      Porque prolonga a vida útil do aterro sanitário.
      Porque diminui o desperdício.
      Porque evita o desmatamento.
      Porque proporciona a economia de recursos naturais.
      Porque reduz o consumo de energia.
      Porque melhora a limpeza da cidade.
      Porque atrai mais turistas.
      Porque gera mais empregos.
      Porque diminui a proliferação de doenças.
      Porque incentiva as industrias de reciclagem.
      
 
      O QUE PODEMOS FAZERRR?
Os 3 Rs:

 
      REDUZIR:
 
      Escolher bem antes de comprar. Mais da metade do que compramos é pura embalagem, que, quase sempre vai para o lixo.
      Escolher embalagens retornáveis, como garrafas de algumas bebidas e galões de água mineral.
      Reduzir o consumo de materiais que resultam em lixo tóxicos, como as pilhas. Opte pelas pilhas 
recarregáveis.
 
      REUTILIZAR:
 
      Usar papel de rascunho nos dois lados
      Não jogar fora coisas que podem ser vendidas ou doadas para sebos, bibliotecas ou brechós( livros, revistas, roupas, móveis etc).
      Seja criativo e faça coisas úteis a partir de sucatas. Um exemplo são vassouras feitas a partir de garrafas PET.
      Prefira embalagens retornáveis.
 
      RECICLAR:
 
      É o ato de fazer voltar ao processo de produção os materiais(papel, plástico, vidro e metal), para a confecção de novos produtos, com isso preservando o meio ambiente, poupando energia e reduzindo a extração de recursos naturais. 
Na verdade quem recicla é a industria. 

      A reciclagem começa em casa através da separação do lixo em 2 tipos de cestos:       
      - ÚMIDO(ORGÂNICO). 
      - SECO (INORGÂNICO/RECICLÁVEL).
      
Nosso papel é pressionar nossos municípios a criar programas de COLETA SELETIVA e a promover e incentivar as industrias de reciclagem.
 
      O QUE ENTREGAR PARA A COLETA SELETIVA ?
 

      PAPEL: folhas soltas, jornais, listas telefônicas, folhetos comerciais, revistas, papéis de embrulho, papel de fax, caixa de papelão, caixa longa vida. Mantenha-os secos e limpos.
OBS: não são recicláveis: papel e absorventes higiênicos, papeis engordurados, papel plastificados, metalizados, parafinados, fotografias, etiquetas, ou carbono e lenços de papel. Ele são considerados REJEITOS(materiais que não tem nenhuma utilidade, geralmente vão para aterro sanitário)
      VIDRO: garrafas, copos, potes, cacos de vidro, lâmpadas incandescentes e frascos, que podem estar quebrados, mas nesse caso devem ser embalados em jornais, para não causarem ferimentos.
OBS: vidros planos, tipo pirex e similares, pratos, espelhos, cristais, ampolas de remédio e cerâmica, já são reciclados em alguns estados brasileiros.
Atualmente já existem técnicas para extrair o mercúrio encontrado nas lâmpadas Fluorescentes.
      PLÁSTICO: embalagens, garrafas tipo PET(de refrigerantes, por exemplo),sacos, brinquedos de plástico, utensílios domésticos, canos, potes em geral. Se possível todos devem estar sem tampa e limpos, para não atraírem insetos.
      METAL: latas, objetos de alumínio, cobre, latão, chumbo, bronze, ferro, zinco, e pequenas sucatas. Eles podem estar amassados para ocuparem menos espaço.
 
      ATENÇÃO PARA OS MATERIAIS CONTAMINANTES DA NATUREZA.
 
      Pneus, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, resíduos contidos em embalagens de materiais de limpeza, inseticidas, herbicidas, cosméticos, restos de tinta, produtos químicos e remédios. Alguns já possuem legislação para o seu descarte.
 
      O QUE FAZER QUANTO AO LIXO ÚMIDO ? 
 
      Se você mora num sítio ou grande propriedade, produza seu próprio adubo orgânico com ele.
      Junte restos de grama cortada, folhas, restos de comida. Faça uma contenção de madeira, tipo caixa sem fundo. Coloque alternadamente camadas de resto de comida, folhas e restos de grama e sobras de jardim misturadas com terra. A última camada não deve conter restos de comida. Mantenha esta composição úmida e remexa-a ao menos duas vezes por semana. Em aproximadamente 90 dias, o adubo estará pronto. Este processo é chamado COMPOSTAGEM. Que pode ser feito em escala industrial com outras técnicas.
Outra opção é o “biodigestor”. Ele produz gás à partir de sobras orgânicas em sua própria casa, recentemente produzido no Brasil e utilizado há muitos anos na Índia.

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Desde sua formação o planeta Terra já apresentou diversas configurações, houve períodos com temperatura muito elevada e em outros momentos o mesmo esteve tomado pelo gelo. Para a consolidação da configuração atual do planeta foi necessário milhões e até bilhões de anos para acontecer. Desse modo, observe a seguir os principais eventos ocorridos no planeta. 

Há aproximadamente 4,5 bilhões de anos teve início a formação do planeta Terra. A Terra nesse período era muito quente como uma esfera de fogo, devido a isso não abrigava nenhum tipo de vida

No decorrer do tempo o planeta entrou em um processo de resfriamento, que favoreceu o surgimento de uma estreita camada de rocha em toda extensão da superfície. No processo de resfriamento a Terra expeliu uma grande quantidade de gases (nitrogênio, oxigênio) e vapores de água. A partir desses elementos formou-se a atmosfera que proporcionou a ocorrência das primeiras precipitações, com a acumulação de água da chuva surgiu os oceanos primitivos. 

A origem da vida no Planeta Terra ocorreu primeiramente na água, em um primeiro momento surgiram seres primitivos, tais como as bactérias, algas e microrganismos, isso há cerca de 3,5 milhões de anos. 

Após milhões de anos os primeiros seres marinhos evoluíram dando origem a outras formas de vida, como os primeiros invertebrados aquáticos (medusa, trilobitas, caracóis e estrela-do-mar), isso há aproximadamente 400 milhões de anos, além disso, as plantas tiveram sua dispersão nos ambientes. Nesse mesmo período, determinadas plantas marinhas iniciaram um processo de adaptação externa, ou seja, passaram a se fixar em ambientes terrestres. 

Os grandes répteis, denominados de dinossauros, estavam dispersos em toda extensão do planeta há aproximadamente 200 milhões de anos, paralelo a esse fato surgiram os mamíferos e as primeiras plantas com flores (angiospermas). Os grandes répteis foram extintos há aproximadamente 70 milhões de anos. 

Há 65 milhões de anos a atmosfera já estava com a mesma configuração atual e as grandes cadeias de montanhas (Alpes, Andes e Himalaia) já tinham iniciado seu processo de formação. Nesse momento, as aves e os mamíferos proliferaram por todo o globo em grande número. 

Mais tarde, entre quatro milhões e um milhão de anos, surgiram os primeiros ancestrais do homem, desse momento em diante a Terra passou por diversos períodos de glaciação, porém há 11 mil anos as geleiras se estabilizaram somente nos pólos, onde existem atualmente.

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